domingo, 8 de maio de 2011

Além do Portal



Saudade... Tão fria como noite de inverno: impiedosa, real e martirizante. 


Introspectiva, agindo como severo aço, indicando o rumo da fortaleza do ser. Em dureza inóspita, o ensinamento...


Do silencioso ardor, o brotar de forças inesperadas. Do peito probo, a coragem. A coragem trazendo calor, aquecendo o coração, pulsando a alma! 


Os olhos esperançosos se erguem: encantador horizonte descortinando-se sorrateiramente.

Portal mágico e real diante da alma clarificada. Aquele portal! Imponente, vivo, caloroso como manto de amor. Portal vivo convidando a superá-lo..


Quadros vivos diante do semblante estupefato: a saudade se torna amiga, com aquelas lembranças vivas, momentos vivos; vivências deslumbrantes, coloridas, perfumosas, clarificadas pela alegria e contentamento.  


O portal como passagem livre para aquele coração saudoso, agora brejeiro coração, embevecido de meninice, em vivaz destreza, em sonhos renovados. 


O tempo perde-se no regaço das vivências, das lembranças. Lembranças vivas, vivências reais encurtando distâncias... Tão perto, tão real.


Os olhos a piscarem, as distâncias a findarem-se, os corações a pulsarem, as almas em sintonia, em uníssono vibrar... 


Fragrâncias sentidas em único suspirar; brilho e encantamento em mesmo olhar; suavidade e leveza num mesmo toque; anseio a estremecer em mãos dadas, acalentadas em fiel cumplicidade


Almas em voo único, lépidas e fortes, livres, deixando rastro de felicidade, de harmonia e bem-aventurança! 
   
A saudade, agora, bem-vinda, viva, esperada e aclamada!

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